Equador decreta “conflito armado interno” e declara guerra contra grupos criminosos

Atualizado em 9 de janeiro de 2024 às 19:58
Soldados patrulham entorno de presídio em Quito após governo decretar “estado de conflito interno” para combater facções criminosas. Foto: Dolores Ochoa/AP

O presidente do Equador, Daniel Noboa, assinou um decreto que reconhece situação de “conflito armado interno” em todo território nesta terça (9). A determinação autoriza o Exército a apoiar a polícia e ocorre após a nova onda de violência que atingiu o país. 

Com a medida, Noboa ordena que as Forças Armadas realizem operações militares contra “organizações terroristas e atores beligerantes não estatais”. O decreto mira 22 grupos considerados terroristas para o governo equatoriano. São eles:

“Águilas, ÁguilasKiller, Ak47, Caballeros Oscuros, ChoneKiller, Choneros, Covicheros, Cuartel de las Feas, Cubanos, Fatales, Gánster, Kater Piler, Lagartos, Latin Kings, Lobos, Los p.27, Los Tiburones, Mafia 18, Mafia Trébol, Patrones, R7 e Tiguerones”.

A medida ainda altera determinação feita pelo presidente na segunda (8), que estabelece um estado de emergência e prevê patrulhas militares nas ruas e em prisões, além de um toque de recolher noturno nacional. O decreto inicial foi criado após a fuga de Adolfo Macías, líder da gangue Los Choneros conhecido como “Fito”, que sumiu da prisão onde cumpria pena no domingo (7).

Já o decreto desta terça foi feito pelo presidente após um grupo armado invadir o estúdio do canal de televisão TC Televisión, em Guayaquil.

O país tem passado por uma onda de violência nos últimos dias que inclui fuga em massa de presos, sequestros de policiais, explosões de veículos e até a execução de um guarda penitenciário. Há relatos ainda de tiroteios próximos o Palácio do Governo em Quito, saques e fechamento forçado de estabelecimentos comerciais.

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