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Equador tem dia de terror com patrulha de blindados, ruas desertas e comércios fechados

Militares patrulham centro histórico de Quito, no Equador, em veículos blindados. Foto: Karen Toro/Reuters

A onda de violência que atinge o Equador nos últimos dias gerou caos nas ruas do país, com lojistas fechando as portas, funcionários voltando às pressas par suas casas e gerando congestionamentos, e áreas que costumam ser movimentadas ficando desertas.

O país está sob estado de emergência desde o desaparecimento de Adolfo Macías, líder da facção Los Choneros, de uma prisão onde cumpria 34 anos de reclusão. Após a fuga do criminoso, o presidente do país, Daniel Noboa, decretou estado de emergência que prevê patrulhas militares nas ruas e em prisões, além de um toque de recolher noturno.

Nesta terça (9), o mandatário decretou “conflito armado interno” e declarou guerra contra “organizações terroristas”. A medida ocorre após episódios violentos como sequestros de policiais, explosões de veículos e a execução de guardas penitenciários, além da fuga em massa de presos.

O caos tem gerado pânico em municípios de todas as regiões do Equador, incluindo na maior cidade, Guayaquil, que tem relatos de medo e correria após ações criminosas, com pessoas se abrigando em restaurantes ou empresas que fecharam as portas.

Na Universidade de Guayaquil, alunos e professores também tiveram que se refugiar em salas de aula após uma invasão de homens armados ao campus. O Ministério da Educação do país suspendeu as atividades presenciais de escolas e faculdades de todo país até pelo menos sexta (12).

Serviços públicos também estão sendo suspensos. A Assembleia Nacional paralisou as atividades presenciais por tempo indeterminado, o Conselho Nacional Eleitoral cancelou uma sessão plenária e o Ministério da Saúde suspendeu atendimentos ambulatoriais nos centros de saúde e hospitais de todo o país.

As Forças Armadas têm patrulhado as ruas de Quito em veículos blindados e pelo menos 70 pessoas suspeitas de envolvimento em ações criminosas foram presas em todo o país, segundo a polícia. Três dos quatro policiais que foram sequestrados já foram liberados.

Autoridades também relataram que três corpos foram encontrados carbonizados em um carro em Guayaquil, elevando o número de mortes para 13. “Está em curso uma investigação para identificar as vítimas, determinar as motivações e encontrar os responsáveis pelos atos terroristas”, afirmou a polícia equatoriana.

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Caique Lima

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