O presidente turco acrescentou que esperava “abrir um novo canal” nas relações entre a Turquia e os Estados Unidos e discutir todos os pontos de desacordo com Biden, em junho.
Genocídio reconhecido por mais de 20 países
Biden se tornou o primeiro presidente dos Estados Unidos a chamar de “genocídio” a morte de 1,5 milhão de armênios massacrados pelo Império Otomano, em 1915, irritando a Turquia.
O genocídio armênio durante a Primeira Guerra Mundial por tropas otomanas, aliadas da Alemanha e do Império Áustro-Húngaro, é reconhecido por mais de 20 países e por muitos historiadores, mas é contestado pela Turquia.
A Turquia, resultante do desmantelamento do império Otomano, em 1920, reconhece os massacres, mas rejeita o termo genocídio, evocando uma guerra civil na Anatólia, associada a uma grave fome, na qual 300.000 a 500.000 armênios e muitos turcos foram mortos.
O Ministério das Relações Exteriores da Turquia convocou o embaixador dos Estados Unidos no sábado (24), em protesto contra a posição dos EUA, informou a agência de notícias estatal Anadolu.
A Turquia “não tem lições a aprender de ninguém sobre sua história”, havia dito, anteriormente, o ministro das Relações Exteriores turco, Mevlut Cavusoglu.