Advogado de Daniel Silveira diz que tornozeleira adquiriu “vida própria”

O advogado do deputado federal Daniel Silveira (União Brasil-RJ) afirmou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que a tornozeleira eletrônica que seu cliente usa está “com vida própria”, “vibrações” e “ruídos estranhos”. O defensor pede a substituição do equipamento e o afastamento do magistrado do caso. A informação é do jornal Correio Braziliense.
“Esta defesa, na pessoa do advogado que ao final assina, em razão de anormalidades e comportamentos estranhos vislumbradas na tornozeleira eletrônica instalada no último dia 31/03/2022, 15h, na sede da Polícia Federal, em Brasília-DF, por questões de segurança institucional de seu cliente, e diante das suspeitas de manipulação do equipamento”, diz o advogado no pedido.
Sobre a solicitação para que Alexandre de Moraes seja afastado do caso de Daniel Silveira, o advogado escreveu: “Este Relator é, simultaneamente, vítima, juiz e acusador, o que viola o sistema penal acusatório vigente no Brasil, caso desconheça”.
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Defesa de Daniel Silveira acha que tornozeleira pode ter sido manipulada

Foto: Isabela Camargo/GloboNews
O advogado do parlamentar bolsonarista escreveu, também, no pedido, que desconfia de manipulação da tornozeleira utilizada pelo cliente. “Há a indubitável desconfiança de que o equipamento tenha adquirido vida própria em razão de relatos do parlamentar de ruídos estranhos e contínuos, além de esporádicas vibrações sem qualquer nexo ou causa, comparando-se com o equipamento devidamente anteriormente utilizado, entre 14/03/2021 a 10/08/2021”, afirmou.
Um outro trecho do documento questiona as “circunstâncias” da instalação do equipamento. “As circunstâncias de sua implementação, instalação, com local e horários pré-determinados pelo senhor Relator, aliados aos eventos estranhos ocorridos desde a sua instalação, provocou desconfianças incontroláveis a este advogado de Defesa, elevando o sinal de alerta, ante a persecução penal em face do monitorado e meios nada ortodoxos, ilegais e inconstitucionais para aplicação da lei penal e processual penal”, diz a defesa de Daniel Silveira.