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A estratégia de Aécio para derrubar Doria e manter Eduardo Leite no PSDB

João Doria e Aécio Neves
João Doria e Aécio Neves

O deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) tem trabalhado nos bastidores para manter o governador do RS, Eduardo Leite, no partido. Provável candidato à presidência nas eleições deste ano, o gaúcho tem sido cortejado pelo presidente do PSD, Gilberto Kassab, para concorrer ao Palácio do Planalto pela legenda.

Em novembro, Leite perdeu as prévias para definir o candidato do PSDB para João Doria, governador de São Paulo. Com o desempenho pífio de Doria nas pesquisas, porém, segundo a Folha, a tese defendida seria a de que as prévias tucanas podem ter validade interna, colocando Leite como o preferido diante da alta rejeição ao paulista. Aécio e Doria vivem uma disputa intensa. O ex-governador de Minas chegou a afirmar que ele levará o PSDB à “quase extinção” caso decida se candidatar.

O mineiro telefonou, na terça-feira (15), para dois representantes de partidos aliados dos tucanos: o deputado federal Baleia Rossi (SP), presidente do MDB, e o presidente do Cidadania, Roberto Freire. Baleia confirmou a ligação, mas disse que a decisão “cabe inteiramente ao PSDB”. Freire também confirmou ter sido procurado por Aécio para convencer o gaúcho, mas prefere enfatizar o discurso no erro que Leite estaria cometendo, segundo ele, ao fechar com o PSD.

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Aécio defende desistência de Doria

O deputado disse na quarta-feira (16) que o governador de SP deveria desistir de sua candidatura ao Planalto. Ele ainda acusou que a insistência de Doria pode levar o PSDB à “quase extinção”.

“Passaram quatro meses e o candidato está estagnado nas pesquisas, e com o maior índice de rejeição de todos os candidatos. Não é demérito nenhum compreender que insistir nesse projeto não levará o PSDB fatalmente a uma derrota, levará à quase extinção”, disse Aécio em entrevista ao UOL. “É hora de ter responsabilidade. Se até agora o candidato não se viabilizou, (…) deviam estar examinando a possibilidade de lançá-lo candidato ao Senado”.

Aécio defendeu ainda que o efeito da candidatura do governador pode “impactar a sobrevivência do partido”. “O PSDB pode virar um nanico”, disse.

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