O ex-juiz e pré-candidato à Presidência da República Sergio Moro compartilhou no Twitter um artigo do jornal Estado de Minas ironizando a absolvição de Aécio Neves (PSDB) da acusação de recebimento de R$ 2 milhões em propina de Joesley Batista, da J&F.
Na legenda, o ex-ministro da Justiça disse de forma irônica: “Agentes da CIA (ou FBI?) disfarçados de juiz e procuradores que obrigaram empresários e governantes honestos a confessarem crimes que não cometeram e a devolverem bilhões nunca roubados. Que bom, tudo está sendo esclarecido agora”.
Em decisão divulgada na quinta-feira (10), o juiz Ali Mazloum, da 7.ª Vara Federal Criminal de São Paulo, afirmou que “a denúncia é improcedente” e que “está provada a inexistência do crime de corrupção passiva narrado pela PGR”.
Agentes da CIA (ou FBI?) disfarçados de juiz e procuradores que obrigaram empresários e governantes honestos a confessarem crimes que não cometeram e a devolverem bilhões nunca roubados. Que bom, tudo está sendo esclarecido agora. #sqn https://t.co/wPyOMWXahN
— Sergio Moro (@SF_Moro) March 13, 2022
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Por que Moro ironizou Aécio
De acordo com a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), entre fevereiro e maio de 2017, quando Aécio Neves era senador, ele e sua irmã Andrea Neves solicitaram R$ 2 milhões a Joesley Batista em troca de favorecer a JBS no Congresso Nacional.
Segundo o MPF, a quantia foi paga em quatro parcelas de R$ 500 mil e recebidas por Frederico Pacheco e Mendherson Lima.
No entanto, para o juiz Ali Mazloum não há provas de que Aécio tenha prometido usar o cargo para beneficiar a J&F em troca de propina. “Ao contrário do que diz a denúncia, no sentido de que havia um histórico de propina entre eles (verdade fosse, certamente haveria outras denúncias a respeito), o que realmente existia – demonstrou a instrução criminal – era um histórico de negócios lícitos”, diz trecho da decisão do juiz.
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— DCM ONLINE (@DCM_online) March 13, 2022