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MP pede afastamento imediato de Sérgio Camargo por assédio moral

Sérgio Camargo
Sérgio Camargo; – Foto; Reprodução

O presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, negou assédio moral contra servidores e ex-servidores e afirmaram que nenhuma demissão ocorreu por perseguição política ou ideológica. A afirmação foi solicitada em ação movida pelo Ministério Público do Trabalho do DF.

O órgão pediu o afastamento imediato de Camargo da presidência da fundação, por assédio moral. Segundo a investigação, Camargo é responsável por perseguição político-ideológica, discriminação e tratamento desrespeitoso. Com informações do G1.

No começo do mês, a Justiça havia determinado que Camargo e a entidade dessem explicações. Por meio da AGU, a Fundação Palmares negou perseguição, disse que os desligamentos foram espontâneos e que não houve qualquer imposição para servidores permanecerem na entidade.

“Na realidade, pode-se depreender dos depoimentos que há uma falsa noção de perseguição, já que a maioria dos depoentes alega não ser perseguida pela presidência da entidade, havendo somente declarações unilaterais dos servidores exonerados contendo juízos de valor a respeito das manifestações no Twitter pessoal do dirigente”, diz o texto.

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O que diz Sérgio Camargo

A fundação defendeu que não há prova no processo que justifique o afastamento de Camargo do cargo. Já o presidente disse que, pela leitura dos depoimentos, “não há como caracterizar nenhum assédio moral”.

“Visto que em nenhum momento minhas atitudes se enquadram no conceito de assédio moral ou têm natureza de perseguição a um ou vários servidores”, afirmou.

Segundo ele, “resta consignar que esses esclarecimentos são, tão somente, para demonstrar a ausência de padrão comportamental que possam fazer com que os servidores afirmem que a exoneração é fundada em perseguição político- ideológica e/ou por preconceito racial/religioso. Em verdade, relata-se que vários saíram espontaneamente sem nenhum diálogo com este Presidente, o que é, e deve ser considerado, como um ato democrático e pessoal. Não houve para esses servidores a mão forte do Estado obrigando-os a estar na Fundação Cultural Palmares”.