Alcolumbre quer adiar sabatina de Mendonça e inviabilizar indicação
Aliados de Davi Alcolumbre dizem que o senador quer segurar a sabatina de André Mendonça por dois meses. A ideia é inviabilizar a indicação para o Supremo Tribunal Federal (STF). Ao manter a indicação na gaveta, ele conseguiria adiar a sabatina até 2022, já que em dois meses o Congresso entra em recesso.
Seu plano é que o nome não seja aprovado, já que 2022 é ano eleitoral, segundo a coluna de Mônica Bergamo na Folha.
O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) no Senado Federal tem sido pressionado por Jair Bolsonaro. Ontem (13), o presidente o acusou de agir “fora das quatro linhas da Constituição”. Em nota, o senador se defendeu. Ele diz que nunca condicionou seu mandato “a qualquer troca de favores”.
“Não aceitarei ser ameaçado, intimidado, perseguido ou chantageado com o aval ou a participação de quem quer que seja”, disse, em nota.
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Pressão contra Alcolumbre
Alcolumbre tem sido pressionado por diversos bolsonaristas para pautar a sabatina do indicado de Bolsonaro. Ontem mesmo (13), o vice-presidente Hamilton Mourão se manifestou sobre o caso. Ele diz ter sugerido uma alternativa para a indicação: Thompson Flores, ex-presidente do TRF-4. No entanto, diz que o nome foi vetado e cobrou o senador.
“O senador Alcolumbre deveria cumprir a tarefa dele, de presidente da CCJ, botar o nome para ser votado e acabou. Se for aprovado, muito bem. Se não for, muito bem também. É o papel do Senado, confirmar ou não a indicação do presidente da República. Uma coisa, eu digo claramente: não está correto”.