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Em evento bolsonarista, Aldo Rebelo reclama de linguagem neutra

Alexandre Garcia e Aldo Rebelo em evento
Alexandre Garcia e Aldo Rebelo em evento. Foto: Reprodução

Em evento com militares e bolsonaristas, Aldo Rebelo criticou a linguagem neutra. Segundo o ex-ministro da Defesa, ela seria um “atentado à sociedade nacional”. Diz ainda que se trata de uma iniciativa de criar outra língua. Avalia que inventam palavras para “impor à sociedade uma outra forma de expressão da cultura”.

“É algo importado. Não é linguagem neutra, o que estão querendo impor é outra língua. O que estão querendo fazer não é o uso das palavras existentes. É a criação de uma outra língua, de um outro idioma, porque estão inventando palavras que não existem na língua portuguesa. Não é o problema do gênero, é a tradição, a cultura”, afirmou.

Reclama ainda da adesão da imprensa, de empresas e do poder público na agenda. “Aqui no Brasil, essa agenda tomou conta do mercado, pelas corporações que estão nisso, da mídia, de certa forma o Legislativo vai entrando nisso e o Judiciário nem se fala”.

Diz ainda que o Supremo Tribunal Federal (STF) tem atuado como “uma corte dos costumes, dos comportamento”. O ministro Edson Fachin, na última semana, suspendeu uma lei de Rondônia que proibia o uso de linguagem neutra em escolas públicas e privadas do estado.

Ex-PCdoB, PSB e Solidariedade, Aldo Rebelo ainda usou do discurso bolsonarista para argumentar:

“Nas ruas, um movimento pesado, difícil, e o país mergulha em um certo processo de desorientação, a agenda do desenvolvimento e do crescimento perde um pouco sentido em função de outras agendas: a agenda identitária, a agenda da guerra cultural, a agenda da fragmentação”.

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Aldo Rebelo reclama de guerra “de pretos e brancos”

Para o ex-ministro da Defesa, o Brasil é uma nação “essencialmente mestiça” e querem impor uma guerra “de pretos e brancos”.

“Essa é a nossa marca, a miscigenção. Agora querem transformar em um país de pretos e brancos. Acho uma coisa criminosa, inaceitável, imposta de fora para dentro, financiada de fora. Porque se o Brasil chegar à conclusão de que somos um país dividido entre africanos e europeus, nós vamos ter que reconhecer que passamos 500 anos errados, equivocados”, diz.

“E que tudo aquilo que o Gilberto Freyre e o Darcy Ribeiro falaram do povo brasileio, do mestiço que é bom, estava errado. É isso que querem nos impor”, completa.

A fala ocorreu durante evento do Instituto General Villas Bôas (IGVB) e teve mediação de Alexandre Garcia. Participaram também o próprio general golpista e general Heleno.

 

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