Processado por violência doméstica, aliado de Moro teve salário bloqueado com dívida trabalhista
Deputado Julian Lemos, amigo que acompanhou Sergio Moro em viagem à Paraíba no início de janeiro, teve seu salário da Câmara bloqueado por uma dívida trabalhista, diz a Coluna de Guilherme Amado no Metrópoles.
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Salário do deputado bloqueado
Bloqueio de R$ 10,8 mil aconteceu em novembro, por ordem do Tribunal Regional do Trabalho da 13ª Região, na Paraíba.
Quatro anos antes de marcar encontros eleitorais para Moro, Julian chefiou a campanha de Jair Bolsonaro no Nordeste.
Processo trabalhista foi movido em 2013 por um ex-empregado da empresa Perímetro Segurança Privada, que era controlada por Ravena Coura, ex-mulher do deputado federal.
De acordo com a ação, a empresa deixou de pagar diversas obrigações trabalhistas, como salários, férias e fundo de garantia.
Ainda, o ex-funcionário alegou sofrer humilhações ao cobrar o salário: “Come uma manga que a fome passa”, ouviu dos patrões, de acordo com a vítima.
Oito anos depois, com a dívida ainda pendente, a defesa do ex-funcionário pediu que o valor fosse cobrado de Julian Lemos, que aparece como responsável pela firma em outros processos trabalhistas.
O juiz concordou com o pedido em abril de 2021. A conta de Julian na Câmara seria bloqueada em R$ 10,8 mil em novembro.
Em 9 de janeiro, Julian se livrou do terceiro processo por violência doméstica.
Dois foram movidos por Ravena Coura, a ex-mulher citada no imbróglio trabalhista, que depois recuou e retirou a queixa. O mais recente foi apresentado pela irmã do deputado, que em setembro desistiu da acusação.