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“Você foi o amor da minha vida”: Casagrande escreve carta a Sócrates

Sócrates e Casagrande.
Sócrates e Casagrande.

O ex-jogador e comentarista Walter Casagrande escreveu uma carta destinada ao seu colega de Corinthians e de democracia, o doutor Sócrates. A morte do ídolo e integrante da Democracia Corinthiana completa 10 anos neste sábado (04).

“Magrão, meu caro amigo, você foi o amor da minha vida”, é o título da carta, publicada na íntegra no site do Globo Esporte.

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“Fala, Magrão, beleza? Cara, faz dez anos que você partiu, mas para mim parece que isso não aconteceu. Lembro de você todos os dias. Mas não é saudosismo: é reflexão. Como moro sozinho, fico refletindo muito sobre a vida. E quando analiso as coisas que faço, falo ou escrevo, me vêm à cabeça as nossas conversas. Não fico lembrando da gente em campo, porque isso eu vejo na hora que eu quiser. Mas nossos papos eu só tenho na cabeça”, começa Casagrande.

Na homenagem, Casa relembrou momentos e histórias com Sócrates. Um deles foi quando Casagrande “se apaixonou” durante a madrugada por uma garçonete de um bar onde estavam:

“Lembro de uma madrugada num bar de rock. Tinha um som no palco, e as garçonetes atendiam as pessoas nas mesas. Começamos a beber, e como eu estava na cabeceira, era eu quem fazia os pedidos. Eu era um adolescente, porra louca total, apaixonado o tempo todo. E me apaixonei por uma das garçonetes. Paixão mesmo! Você percebeu e me disse: ‘Se apaixonou, né?’. Respondi: ‘Sim, preciso conversar com ela’. Você continuou: ‘Só que ela só vai sair do trabalho às 6h, e temos treino às 9h’. Nem respondi. Continuamos curtindo o show, eu apaixonado, nós tomando cerveja, e quando chegou umas 4h, você se levantou para ir embora e me falou: ‘O amor é lindo, mas te espero às 9h dentro de campo'”.

O ex-atacante escreveu, também, sobre os momentos de luta política que os dois protagonizaram durante a Democracia Corinthiana, um movimento de jogadores pelo fim da ditadura militar, na década de 80, liderado por Sócrates, Casagrande, Wladimir e Zenon.

“Se você achava que nossa época de luta pela redemocratização do país era difícil, você não tem noção do que o Brasil é hoje”, escreveu. “Mas não é sobre essas coisas que estou escrevendo hoje. É sobre nós”, ponderou Casagrande.

Casa finaliza o texto para Sócrates com uma declaração de amor:

“Magrão, eu poderia ficar dias escrevendo esta carta, mas vou encerrar por aqui. Só que antes eu preciso dizer: cara, você foi o amor da minha vida como companheiro, como amigo. Beijos, meu amigo. Eu te amo como sempre te amei”.

Leia na íntegra a carta de Casagrande para Sócrates, publicada no Globo Esporte.

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