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Analistas dizem que presidente do BC justificará inflação com crise hídrica

Veja Roberto Campos Neto
Roberto Campos Neto. Foto: Wikimedia Commons

Quando a inflação termina o ano fora do intervalo determinado, o presidente do BC precisa justificar os motivos em carta aberta e detalhar como o problema deve ser resolvido.

A meta é definida pelo CMN  cabe ao BC cumpri-la, especialmente por meio da calibragem da Selic, a taxa básica de juros. O atual titular da autoridade monetária, Roberto Campos Neto, escreverá a sexta carta desde a criação do sistema de metas.

O texto, endereçado ao ministro da Economia, Paulo Guedes, precisa ser divulgado após a divulgação do IPCA de dezembro. No último relatório de inflação, o BC apontou probabilidade de 100% para o estouro do teto da meta de 2021.

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Analistas prevêem justificativa de presidente do BC

De acordo com analistas, o presidente justificará que a pandemia da Covid-19 e a crise hídrica foram as principais causadoras das altas dos preços. Com informações do Metrópoles.

Nos últimos 91 anos, o país nunca havia enfrentado uma seca tão cruel. A falta de chuvas causou o desabastecimento dos principais reservatórios hídricos, o que obrigou o governo a acionar as usinas termelétricas para evitar um possível apagão.

No entanto, esse modo de geração de energia é mais caro, o que puxou a alta na conta de luz, impactando o comércio, a indústria e o setor de habitações.

Como argumento, o presidente do BC deve citar que a Selic foi elevada para até 9,25% ao ano – a maior dos últimos quatro anos – para tentar atenuar a disparada da inflação. De acordo com economistas, no entanto, os efeitos disso serão sentidos apenas à longo prazo.

“As mudanças demoram até afetar a economia. A Selic mais alta desestimula a economia pelo canal de crédito e de expectativa. Se um comerciante, por exemplo, não acredita que aquela alta é temporária, ele regula seus preços pensando nisso. Existe uma ancoragem das expectativas”, afirmou a chefe de Economia da Rico Investimentos, Rachel de Sá.

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