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Argentina tem 20 mortes por “cocaína envenenada”; entenda

imagem de sacos de cocaína no chão
Cocaína adulterada apreendida na Argentina (reprodução/internet).

A mídia internacional tem voltado os olhos para a Argentina nos últimos dias. Após o anúncio da parceria com a Rússia para compra da vacina Sputnik V, o país agora enfrenta um surto de mortes por “cocaína envenenada”. Foram pelo menos 20 mortes confirmadas e 70 pessoas internadas — embora as autoridades digam que o número real de afetados por ser maior.

Na mídia local, familiares de vítimas têm relatado os episódios. A mãe de uma delas, identificada como Beatriz, contou ter encontrado o filho, de 41 anos, caído de madrugada na cozinha da casa onde moram os dois, em uma área humilde da província de Buenos Aires.

“Meu filho teve uma parada cardíaca e mal conseguia respirar. A ambulância demorou meia hora. Mas eu entendo por que foram muitos chamados, pelo mesmo problema, ao mesmo tempo. Meu filho é usuário de drogas desde os 14 anos, ele agora está entubado, mas tenho esperanças”, disse ela.

Já o secretário de Segurança da província de Buenos Aires, Sérgio Berni, decretou: “O que está acontecendo é inédito. Peço a quem comprou [cocaína] nas últimas 24 horas que a descarte. É fulminante. Esta droga tem substância extremamente mortal”.

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Nove pessoas presas após operação na Argentina

O caso provocou enorme comoção no país. Desse modo, a emissora de televisão América, de Buenos Aires, passou a estampar na sua tela o telefone de urgência da Secretaria de Prevenção às Drogas (Sedronar). Assessores do governo provincial disseram à BBC News Brasil que não se descartava que “o número de vítimas pudesse ser maior”.

Além disso, representantes das autoridades afirmaram que “nova pessoas foram presas em uma operação que resultou na apreensão de papelotes”. A ex-ministra de Segurança, Patricia Bullrich, opositora do governo atual, disse que “é um dia triste na história argentina”.

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