Graças a Moraes, Aras se livra de investigação por proteger Bolsonaro

A notícia-crime apresentada por senadores contra o procurador-geral da República, Augusto Aras, foi arquivada. A decisão do arquivamento partiu do ministro Alexandre de Moraes.
A ação pedia para Aras ser investigado por suposta prevaricação. Contarato (Rede-ES) e Alessandro Vieira (Cidadania-SE) apontaram no documento que o PGR teria sido omisso em relação aos comportamentos de Bolsonaro.
Só que o ministro do STF declarou que é “flagrante a ausência de justa causa” e por isso não dá para investigar o PGR. “Na presente hipótese, a petição não trouxe aos autos indícios mínimos da ocorrência do ilícito criminal praticado pelo investigado”, disse em trecho da sua decisão.
Aras tenta ser reconduzido para a PGR. Porém, seu nome ganhou grande oposição no Senado. Muitos parlamentares apontam que ele estaria protegendo o presidente da república.
Os senadores também acionaram o Conselho Nacional do Ministério Público para Lindôra Araújo. A subprocuradora-geral pode ser punida por ter dado parecer contestando a eficácia do uso de máscara na proteção contra a Covid-19. Ela é uma das pessoas mais próximas de Augusto.
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Aras e o Senado
O PGR vai ser sabatinado no Senado na terça-feira (23). O mais provável é que ele tenha votos da maioria dos parlamentares e seja reconduzido ao posto que ocupa hoje.
Alexandre de Moraes apontou na sua decisão que uma abertura de investigação sem justificativa poderia gerar reações negativas. “A instauração de investigação criminal sem justa causa, ainda que em fase de inquérito, constitui injusto e grave constrangimento ao investigado”, explicou.