Apoie o DCM

Após dizer que CPI não iria ‘encontrar nada’, Ricardo Barros tenta barrar quebra de sigilo

Ricardo Barros não gostou de ter seu sigilo quebrado.

LEIA MAIS:

1 – Lula come centrão pelas beiradas. Por Helena Chagas

2 – Live das 5 – Aras tem que ser barrado no Senado; CNN desmente fake news de Alexandre Garcia, mas o mantém

Barros quer reverter decisão

À mesa, em pronunciamento, líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR).
Foto: Pedro França/Agência Senado

Deputado Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo Jair Bolsonaro na Câmara, entrou com um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF).

Barros tenta anular a quebra de seus sigilos telefônico, fiscal, bancário e telemático decretada pela CPI da Covid.

Defesa de Barros usa dois argumentos: afirma que a comissão parlamentar não tem o poder de quebrar sigilo de um deputado federal e defende que a medida não foi devidamente fundamentada. “É evidente que o poder de investigação da CPI previsto na Constituição Federal está limitado pela própria previsão de prerrogativa de foro”, diz um trecho do pedido. “Não há dúvidas de que a ausência de previsão de quebras de sigilo ou outras diligências constritivas em relação à membros do Congresso Nacional são vedadas pelo ordenamento pátrio”, seguem os advogados.

Requerimento para quebrar o sigilo de Ricardo Barros foi apresentado pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e aprovado por maioria na comissão. O pedido foi motivado pelas acusações feitas pelo deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) e pelo irmão do parlamentar, Luis Ricardo Miranda, que é chefe de importação do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, de corrupção no contrato para compra da vacina indiana Covaxin. Eles afirmam que o presidente Jair Bolsonaro atribuiu as suspeitas de irregularidades envolvendo as negociações para aquisição do imunizante a um ‘rolo’ do líder do governo na Câmara.

Com informações do Estado de S.Paulo.