Apoie o DCM

Bispo detona ida de Bolsonaro a Aparecida e diz que ele renegou Igreja Católica

Bispo Dom Mauro Morelli segura microfone
O bispo Dom Mauro Morelli.
Foto: Reprodução

Em publicação nas redes, Dom Mauro Morelli, bispo emérito da Diocese de Duque de Caxias (RJ), falou sobre a ida do presidente Jair Bolsonaro a Aparecida (SP).

O mandatário participou, nesta terça-feira (12), de missa no Santuário Nacional da cidade.

No Twitter, o bispo lembrou que Bolsonaro renegou o batismo recebido na Igreja Católica, já que foi batizado em 2016 nas águas do rio Jordão pelo evangélico Pastor Everaldo.

Leia também:

1 – Chamada de atriz pornô, Yasmin Brunet vai processar mãe de Gabriel Medina

2 – Bolsonarista agride e ameaça matar cinegrafista da GloboNews no santuário de Aparecida

3 – Neto ironiza Neymar sobre Copa de 2026: ‘quem disse que você será convocado?’

“Muita gente perplexa e abismada com a participação plena do presidente na Basílica de Aparecida, como se fosse católico em comunhão com a Igreja?! É público que foi batizado no Rio Jordão por um pastor, renegando o batismo recebido na Igreja Católica. Não preciso ir além…”, escreveu Dom Morelli. “Sem precisar mencionar sua vida familiar e seu governo.”

“Caso queira entrar em comunhão com a Igreja, na acolhida é feita a profissão de Fé”, lembrou o bispo.

Bolsonaro foi vaiado em Aparecida

Nesta terça-feira (12), o presidente chegou ao Santuário Nacional de Aparecida para missa dedicada à Nossa Senhora Aparecida.

Ele foi alvo de protestos na chegada e na saída do santuário. Acompanhado de seus seguranças e do ministro, o “astronauta” Marcos Pontes, Bolsonaro andou por alguns metros e depois subiu na porta do carro oficial.

Manifestantes gritaram palavras como “lixo”, “Lula” e chamaram Bolsonaro de ladrão e genocida. Também houve manifestações de apoio ao presidente.

Usando máscara de proteção contra o coronavírus, ele acenou para os apoiadores e causou aglomeração em frente à Catedral. Esta é a terceira vez que Bolsonaro visita a cidade de Aparecida durante o seu mandato.

Mais cedo, o arcebispo dom Orlando Brandes criticou o governo, dizendo que para ser “pátria amada não pode ser pátria armada”. Em seu sermão, o arcebispo de Aparecida criticou indiretamente o governo ao criticar fake news e o discurso de ódio.