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Bolsonaro lidera isolado lista de remoção de vídeos pelo YouTube em 2021

Jair Bolsonaro e cloroquina no YouTube
Jair Bolsonaro promovendo a hidroxicloroquina em live no YouTube.
Foto: Reprodução

A conta do presidente Jair Bolsonaro (PL) no YouTube foi o canal de direita com mais vídeos removidos pelo YouTube em 2021.

34 gravações do chefe do Executivo foram retiradas do ar — 33 delas por espalhar fake news sobre a pandemia. Os dados são da empresa de análise Novelo.

Vídeos que promovem o “tratamento precoce” contra a Covid-19 foram os assuntos da maioria dos conteúdos excluídos da plataforma. Ao todo, foram 233 publicações.

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Uma das peças apagadas do canal de Bolsonaro é uma entrevista da médica negacionista Nise Yamaguchi à CNN Brasil. Ela aparece defendendo o uso da hidroxicloroquina contra o coronavírus, remédio que não tem eficácia comprovada.

Outro vídeo deletado mostra uma conversa entre o ex-assessor da Presidência da República Arthur Weintraub e o deputadi federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). Segundo o site Metrópoles, a gravação aponta a participação de Weintraub no chamado gabinete paralelo, grupo que orientava o presidente na defesa do “tratamento precoce”.

A seguinte mensagem aparece em todos os links dos conteúdos excluídos: “Este vídeo foi removido por violar as diretrizes da comunidade do YouTube”.

Bolsonaro enganou YouTube para fazer live

Quando teve seu canal suspenso no YouTube, em 25 de outubro, Bolsonaro achou um jeito de enganar a plataforma para fazer suas lives semanais. Três dias após o bloqueio, o mandatário fez a transmissão ao vivo pelo canal do filho Carlos Bolsonaro.

O presidente havia sido proibido de subir novos conteúdos em seu canal por uma semana. A decisão veio ao ter vídeo em que associava a vacina contra o coronavírus a casos de AIDS removido pela plataforma. Ele violou as diretrizes do YouTube.

A suspensão ocorre porque o presidente já havia recebido alerta em julho, quando teve removidos 15 vídeos deletados “por violar as políticas de informações médicas incorretas sobre a Covid-19”. Caso reincida três vezes em 90 dias, Bolsonaro poderá ter seu canal banido.

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