Bolsonaristas radicais devem ficar mais violentos, temem militares

Nos últimos dias, a ala militar do governo Bolsonaro compartilhou com interlocutores do Poder Judiciário a especulação de que a guerra na Ucrânia pode acirrar ainda mais os ânimos de bolsonaristas radicais no Brasil. O setor teme, inclusive, que atos de violência e discussões físicas possam ser praticados.
Esse receio das Forças Armadas vem da repetição de episódios de violência, como o da última terça-feira (1), quando militantes do MBL e do Partido da Causa Operária (PCO) brigaram em frente ao Consulado da Rússia no Rio de Janeiro. Segundo a sigla, quatro pessoas foram detidas por agressões com mastros de bandeiras.
O receio é que o clima hostil causado pela invasão da Ucrânia pela Rússia se misture à rivalidade eleitoral, uma vez que há a proximidade da campanha presidencial.
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Bolsonaristas hostis
Na última terça-feira (1), ativistas do Partido da Causa Operária (PCO) e do Movimento Brasil Livre (MBL) causaram tumulto durante manifestações pró-Rússia e pró-Ucrânia, em frente ao Consulado da Rússia no Leblon, bairro da zona sul do Rio de Janeiro.
Os grupos estavam em atos movidos pela invasão russa na Ucrânia. O PCO realizou manifestação favorável à ação militar da Rússia, enquanto o MBL protestava pela Ucrânia. Segundo a Polícia Militar, os envolvidos na briga foram encaminhados para a 14ª Delegacia de Polícia e quatro pessoas foram presas.
Em vídeo divulgado pelo MBL nas redes sociais, militantes do PCO usam bandeiras para atingir pessoas que protestavam pelo Movimento Brasil Livre. O atual receio de acirramento das tensões expresso pelos militares vem do crescimento de atos violento como esse.