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Aliados de Bolsonaro sugerem demissão de Milton Ribeiro

Foto de Bolsonaro e o ministro da educação Milton Ribeiro, ambos sorrindo e posando para a foto.
Bolsonaro e Milton Ribeiro. Foto: Reprodução

Ministros do governo de Jair Bolsonaro (PL) consideram que a saída de Milton Ribeiro do cargo de ministro da Educação é a melhor solução que o presidente pode ter para a sua imagem pessoal. Quatro titulares de pastas, tanto da ala militar do governo quanto da política, afirmaram isso à coluna de Bela Megale, do jornal O Globo. Os aliados, no entanto, avaliam que o ideal seria Milton Ribeiro pedir demissão em vez de ser demitido pelo mandatário.

Um dos ouvidos pela coluna sugeriu que Ribeiro aproveite que muitos ministros deixarão o cargo no fim de março para disputar as eleições e saia junto nessa leva. No entanto, o ministro já demonstrou que não quer deixar o cargo. Ele afirmou em entrevista à CNN nesta quinta-feira (24) que Bolsonaro o telefonou para garantir que ele seguirá na cadeira de ministro da Educação.

Entre os apoiadores da permanência de Ribeiro, estão o senador Flávio Bolsonaro (PL), filho 01 do presidente, e a primeira-dama Michelle. Segundo informações, foram os filhos de Bolsonaro que atuaram, no primeiro momento, para que Milton Ribeiro não fosse demitido.

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Milton Ribeiro pode desgastar Bolsonaro

Integrantes do governo e aliados do presidente estão preocupados com o desgaste à imagem de Bolsonaro que o escândalo dos pastores que fazem lobby no Ministério da Educação pode causar. Eles avaliam que se o caso avançar na Corregedoria-Geral da União (CGU), no Tribunal de Contas da União e na Procuradoria-Geral da União (PGR), a permanência de Milton Ribeiro na pasta reforçará o discurso dos adversários sobre corrupção no governo.

No entanto, eles não acham que a demissão de Ribeiro seja a melhor alternativa, já que, dessa forma, Bolsonaro estaria assumindo publicamente o ônus de concordar que existe suspeita de desvios. Por isso querem que o ministro peça demissão. Na avaliação de integrantes do governo, se o assunto não esfriar, a saída de Ribeiro será inevitável, de uma forma ou de outra.

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