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Bolsonaro desestabiliza exército mais que ditadura, diz colunista

Comandantes militares batem continência para Bolsonaro, de máscara, no Dia do Soldado, em agosto de 2021.
Cerimônia no Dia do Soldado. Foto: Cristiano Mariz/Agência O Globo

O governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) está sendo recordista em trocas de comando no Exército, de acordo com a coluna de Malu Gaspar no jornal O Globo. Marco Antonio Freire Gomes, que teve sua indicação confirmada para o Comando do Exército, será o terceiro chefe da Força em apenas quatro anos, o que não aconteceu nem na ditadura militar. Ele substituirá Paulo Sérgio Nogueira, que se tornará ministro da Defesa.

Malu Gaspar afirma que a última vez que houve tanta instabilidade no cargo mais importante do Exército foi na gestão do presidente João Goulart, que sofreu o golpe militar em 1964. Na época, a instituição era comandada pelo Ministério da Guerra.

Segundo a colunista, a mudança no comando do Exército por parte de Bolsonaro é uma manobra para fortalecer o núcleo militar do governo. O atual ministro da Defesa, Walter Braga Netto, deixará o cargo para disputar as eleições presidenciais como vice do mandatário, pelo PL.

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Bolsonaro fez muitas mudanças no Exército, diz estudo

As três trocas em quatro anos virou piada entre militares de hierarquias altas, que brincam que o Comando do Exército se assemelha ao das polícias militares, onde a rotatividade é bem alta. Um estudo do professor da Universidade de Brasília e conselheiro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Arthur Trindade, mostra que a piada se confirma: nos últimos três anos, o Exército já teve mais comandantes do que as PMs de alguns estados.

A rotatividade do comando do Exército foi maior do que no Distrito Federal e do que nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Paraná. Rio Grande do Sul e Santa Catarina empatam, já que também tiveram três comandantes gerais.

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