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Líder evangélico acusa Bolsonaro de trocar ideologia por apoio do Centrão

Bolsonaro e Sóstenes Cacalvante
O deputado federal Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ) e o presidente Jair Bolsonaro (PL). Imagem: Reprodução

O deputado federal Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ), que assumiu recentemente o comando da bancada evangélica na Câmara, reclamou, em entrevista à revista Crusoé, que o presidente Jair Bolsonaro (PL) está colocando em postos importantes pessoas que “pensam diferente do ponto de vista ideológico”. Ele reconhece que o mandatário precisa fazer composições no Congresso, mas classifica esse “empoderamento” como um problema.

“Bolsonaro precisa fazer composição com o Congresso. O problema é que ele está empoderando, dando postos importantes, a pessoas que pensam diferente do ponto de vista ideológico”, disse o parlamentar, que é pastor da Assembleia de Deus. Ele pretende percorrer o país para ajudar na escolha de nomes evangélicos competitivos para disputarem as eleições.

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O objetivo declarado por Sóstenes à frente da banca evangélica é ampliar a representatividade das igrejas no Congresso Nacional. Ele é apoiador de Bolsonaro desde o início do governo e revelou que tem 99% de chance de migrar para o partido do mandatário.

Líder critica Bolsonaro

Questionado sobre uma suposta atuação dúbia de Bolsonaro, que tenta se equilibrar entre o Centrão e sua base ideológica, Sóstenes respondeu: “Não vejo o presidente com uma atuação dúbia. Ele tem uma posição clara no campo ideológico. Mas eu sei que o governo está ideologicamente minado. Minado por quem não pensa como ele”.

Para justificar o raciocínio, o parlamentar usa de exemplo a votação dos jogos de azar, assunto que Bolsonaro já anunciou ser contrário. “O ministro da Casa Civil (Ciro Nogueira), o presidente da Câmara que o Bolsonaro ajudou a eleger (Arthur Lira) e o líder do governo (Ricardo Barros) eram favoráveis ao projeto”, exemplifica Sóstenes.

“Personagens do governo foram empoderados e minaram o que o líder maior deste governo, que é o presidente da República, pensa”, completa o líder da bancada evangélica.

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