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Bolsonaro fará cerimônia com ministros para entregar impeachment de Barroso e Moraes ao Senado

Jair Bolsonaro. Foto: MAURO PIMENTEL/AFP

Jair Bolsonaro decidiu fazer uma cerimônia para declarar guerra ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Ele pediu que seus ministros o acompanhem na ida ao Senado Federal para entregar os pedidos de impeachment de Luis Roberto Barroso e Alexandre de Moraes.

Ele pretender descer a rampa do Palácio do Planalto e seguir a pé até o prédio da casa legislativa, segundo a coluna de Igor Gadelha no Metrópoles.

Seus aliados têm lhe aconselhado a dar entrevistas à grande imprensa no trajeto e dizer que os magistrados agiram politicamente.

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A declaração de guerra de Bolsonaro

Após ataques, ameaças e provocações, Bolsonaro decidiu declarar guerra oficialmente.

O presidente recentemente foi incluído no inquérito das fake news e virou alvo de processo administrativo na corte eleitoral.

Atualmente, são sete investigações que miram o presidente nos dois tribunais.

Nas últimas semanas ele tem ameaçado os ministros da Corte.

O presidente sugeriu colocar apoiadores nas ruas para “dar o último recado” a Barroso.

“Se o povo estiver comigo, nós vamos fazer com que a vontade popular seja cumprida”, disse ele no cercadinho.

Ele também chamou Moraes de “ditador” e ameaçou:

“A hora dele vai chegar”.

Ironicamente, a declaração de guerra do presidente à Corte não surgiu quando mandou colocar tanques de guerra nas ruas.

O conflito foi anunciado pelo Twitter, quatro dias depois do ato golpista.