Governo Bolsonaro desembolsou R$ 75 mi com empresas suspeitas de garimpo em terra indígena

O Governo Bolsonaro pagou R$ 75 milhões para empresas que usam helicópteros suspeitos de garantir a logística em garimpos ilegais em terra indígena na Amazônia. A informação é da Folha de S. Paulo.
A Agência Nacional de Aviação Civil fez uma operação que apreendeu ou interditou em Roraima 66 aeronaves. O trabalho contou com a participação da Polícia Federal, suporte do Ibama e coordenação do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Os documentos mostram um suposto jogo duplo de gente associada a empresas de transporte. Um dos sócios da Cataratas, Rodrigo Martins de Mello. Foi na empresa que ocorreu a ação. Ele também é um dos donos da Icaraí Turismo Táxi Aéreo.
Quando foi feita a inspeção, agentes da Anac e da PF encontraram um piloto e um sócio da Emar Táxi Aéreo. Alguns helicópteros irregulares são operados pela Tarp Táxi Aéreo.
Quatro empresas recebem ou já receberam recursos federais. A maior fatia dos pagamentos é do Ministério da Saúde. A justificativa é para saúde indígena.
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Justificativa do Governo Bolsonaro
“Os DSEIs [distritos sanitários especiais indígenas] celebram contratos com diversas empresas para atendimento de suas necessidades logísticas, conforme preconizado em lei”, afirma o Ministério da Saúde, em nota.
A Emar também se manifestou. “Não temos qualquer envolvimento com a empresa que sofreu a apreensão. Os pilotos da Emar não têm dever de exclusividade. No dia da ocorrência, estavam de férias e no local sem o conhecimento e a anuência da empresa”.