De olho na reeleição, Bolsonaro faz acordo com aliados para ignorar Weintraub
Presidente Jair Bolsonaro (PL) está indignado com a tentativa de rebelião na base de extremistas bolsonaristas que tem como protagonistas dois ex-ministros de seu governo, Ernesto Araújo e Abraham Weintraub. De acordo com o Metrópoles, em reportagem de Raphael Veleda, contrariando seu estilo, Bolsonaro ainda não levou essa insatisfação para o debate público.
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Bolsonaro indignado com Weintraub
O presidente está quieto sobre o assunto, seja nas redes sociais ou no cercadinho do Palácio da Alvorada, onde costuma dar seus recados e criticar opositores.
Avaliação de parte dos conselheiros do presidente é de que não vale a pena partir para uma guerra aberta com antigos aliados, sob pena de consolidar um processo de erosão da base radicalizada, que se viu sem espaço (administrativo e eleitoral) depois da aliança com o Centrão.
Segundo o Metrópoles, conselheiros estão conseguindo segurar o ímpeto do chefe do Executivo de criticar a campanha de Weintraub, que virou “problemão” e já é comparado a “traidores” como os também ex-ministros Henrique Mandetta, Alberto Santos Cruz e Sergio Moro.
O site diz que existe um acordo entre o presidente e seus aliados mais próximos de ignorar Weintraub e sua turma por enquanto, num cálculo eleitoral que mira um eventual segundo turno do pleito presidencial, quando Bolsonaro acredita que pode reconquistar os radicais que hoje estão debandando.
Acordo vem sendo cumprido inclusive pelo vereador carioca Carlos Bolsonaro (Republicanos), que não está respondendo às cobranças e provocações nas redes sociais, mas a temperatura está esquentando tanto que é difícil prever uma trégua duradoura.