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Bolsonaro mudará discurso sobre vacinação após pesquisas

Jair Bolsonaro de máscara
O presidente Jair Bolsonaro. Foto: Evaristo Sá/AFP

Aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL) estão comemorando o fato de que, desde a última sexta-feira (28/01), ele não fala sobre a vacina contra Covid-19. O entorno de Bolsonaro pensa que ele passou a acreditar nas pesquisas que mostram a aprovação dos seus eleitores em relação aos imunizantes. A informação é da coluna Radar.

Levantamentos encomendados por parceiros do presidente revelam que a maioria dos seus seguidores apoia a vacinação de crianças e o passaporte vacinal. 59% dos que votam em Bolsonaro pretendem vacinar seus filhos. Cerca de 75% dos bolsonaristas entrevistados querem o passaporte da vacina. Mais de 60% creem que o imunizante é uma coisa boa. Quase 100% sabem que a vacina é paga pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

Interlocutores do chefe do Executivo, que participaram da reunião em que a pesquisa foi apresentada, relatam que pela primeira vez ele não discutiu. A percepção é de que Bolsonaro está aderindo a um discurso mais moderado sobre a vacinação.

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“A melhor vacina é a própria contaminação”, disse Bolsonaro em janeiro

No dia 19 de janeiro, em live feita nas suas redes sociais, o presidente voltou a atacar a vacinação contra a Covid-19. Ele defendeu a “imunização de rebanho” e declarou que essa é a forma mais eficaz de dar um ponto final na pandemia.

“A melhor vacina que tem, logicamente alguns podem não resistir a ela, é a própria contaminação”, comentou Bolsonaro. Ele tem esse posicionamento desde o começo da pandemia. Por isso foi contra medidas de proteção contra o coronavírus, como distanciamento social e uso de máscara de proteção.

Recentemente, ele tentou boicotar a campanha de imunização infantil. Inclusive, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, fez uma consulta pública para que a população opinasse sobre o assunto. Foi uma forma de atrasar a distribuição da vacina para crianças.

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