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“Não vamos interferir em nada”: ao lado de Guedes, Bolsonaro diz que não fará nada para reduzir preço da gasolina

A política econômica de Bolsonaro e Guedes é responsável pelo aumento de preço da gasolina e do gás de cozinha. Foto: Evaristo Sá/AFP
A política econômica de Bolsonaro e Guedes é responsável pelo aumento de preço da gasolina e do gás de cozinha. Foto: Evaristo Sá/AFP

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse, na manhã deste domingo (24), que não fará nada para reduzir o preço dos combustíveis. Ele estava ao lado de Paulo Guedes, ministro da Economia, e tentou se defender das críticas por conta do aumento da inflação.

“Não vamos interferir no preço de nada. Porque isso já foi feito no passado e não deu certo”, declarou.

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Bolsonaro disse que a Petrobrás vai “ficar amarrada” à política de preços atual, que é ajustada de acordo com o mercado internacional, o que encarece o preço dos combustíveis para os brasileiros.

O presidente voltou a falar sobre a possibilidade de entregar a Petrobrás para a iniciativa privada. “Não tenho poder de interferir sobre a Petrobras. Estou conversando com o Paulo Guedes sobre o que fazer com ela no futuro”, afirmou.

A afirmação de “não ter poder para interferir”, no entanto, não é verdadeira. O presidente da República tem a prerrogativa de exonerar e nomear o presidente da Petrobrás a qualquer momento.

Paulo Guedes, que é um economista liberal, se mostrou incomodado com as críticas sobre a especulação de furar o teto dos gastos e também procurou se defender. “Todos sabem que eu defendo o teto. O teto é uma bandeira nossa de austeridade”, disse.

“Eu sou defensor do teto, eu vou continuar defendendo o teto. Vou continuar defendendo as privatizações. Mas o presidente tem que tomar uma decisão muito difícil. Se ele respeitar o teto deixa 17 milhões passando fome”, afirmou o “Chicago Boy”, sentenciando que o projeto que defende para a economia não tem funcionado bem.

Com informações do Uol