Após censura, Bolsonaro faz jogo de cena e manda PL remover ação contra Lollapalooza
Nesta segunda-feira (28), o presidente Jair Bolsonaro (PL) solicitou ao presidente do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto, que a legenda remova a ação contra o festival Lollapalooza. O partido pelo qual o chefe do executivo federal irá disputar a reeleição acionou o TSE contra a organização do evento no último sábado (26) para que artistas fossem censurados.
De acordo com interlocutores do governante, ele estaria muito irritado com o fracasso da ação do PL. Isto porque os músicos seguiram protestando contra o atual governo, além da repercussão ter sido favorável aos cantores. Agora seu grupo político tenta criar a narrativa que o presidente não foi consultado.
Segundo informações da Folha de S. Paulo, o chefe do executivo federal ligou nesta segunda ao dono do PL e determinou que seja retirada a solicitação.
Um ministro do atual governou comentou que o presidente não poderia aplicar esse tipo de censura ao mesmo tempo em que mantém um discurso defendendo a liberdade total. O pedido da sigla havia sido atendido pelo ministro do TSE, Raul Araújo, o qual estipulou multa de R$ 50 mil ao festival caso acontecesse mais manifestações.
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Ação do governo de Bolsonaro dá mais força à manifestações no Lollapalooza
Após o ministro ministro Raul Araújo, do TSE, aceitar o pedido do Partido Liberal (PL), e classificar a manifestações de artistas contra o governo como propaganda eleitoral, e multar a organização do evento em R$ 50 mil, as movimentações contra o presidente ficaram ainda mais intensas.
Após Pabllo Vittar e Marina serem advertidas sobre suas expressões contra o governo e terem sido intimidadas, todos os artistas que vieram depois das apresentações das cantoras na última sexta-feira (25), também gritaram contra o atual governante.