Datafolha: Bolsonaro chega a 2022 com a maior carga eleitoral negativa desde a redemocratização
Jair Bolsonaro entrará na eleição de 2022 com a maior carga eleitoral negativa já registrada pelo Datafolha. Os números são os piores desde a redemocratização. A comparação é com as últimas oito eleições.
No total, 59% não votaria de jeito nenhum em Bolsonaro, segundo o Datafolha. O valor é 21% a mais do que os que não votariam em hipótese alguma em Lula (38%). A atual rejeição a Bolsonaro é a maior incluindo sua própria carga eleitoral negativa em 2018.
Entre 1989 e 2014, nenhum candidato teve mais do que cerca de um terço do eleitorado que não votaria nele. Bolsonaro bateu recorde na última eleição e o faz novamente, segundo o Datafolha. Ele chegou à reta final da campanha de 2018 com 44% de rejeição. À época, Fernando Haddad tinha 41%.
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Desafio para Bolsonaro: só dois candidatos conseguiram reduzir rejeição
Entre 1989 e 2019 só dois candidatos conseguiram reduzir a rejeição de forma significativa. Ulysses Guimarães e Paulo Maluf conseguiram o feito em 1989. Eles reduziram a rejeição em torno de 10 pontos percentuais. Depois disso, mais ninguém conseguiu reverter o quadro. A campanha eleitoral só começa em agosto do ano que vem.