Bolsonaro traz de volta fantasma do apagão
O presidente Jair Bolsonaro está prestes a trazer de volta o “fantasma do apagão” de FHC. A informação é da BBC News.
Assim como em 2021, no anterior à eleição de 2002, FHC enfrentou uma crise hídrica que ameaça o fornecimento de energia elétrica nas casas, comércios e indústrias.
Há 20 anos, a continuação do roteiro envolveu um racionamento de energia na maior parte do país, com a redução compulsória de 20% do consumo de eletricidade.
O racionamento durou até o início de 2002 e é apontado como um importante fator para explicar a derrota do PSDB na eleição presidencial.
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Especialistas
Duas décadas depois, especialistas do setor elétrico dizem que o apagão fica ainda mais complicado perto de uma eleição
“A experiência em 2001 deixou um trauma em qualquer político. Muitos atribuem um peso grande ao racionamento na perda da reeleição do partido que estava no governo (PSDB)”, diz Mauricio Tolmasquim, professor do programa de planejamento energético da COPPE, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Ele diz que racionamento é “palavra proibida” no governo.
Ele defende que diante da atual situação, o ideal seria estudar os impactos de um eventual racionamento pequeno.
“Eventualmente, os danos em termos de inflação podem até ser maiores não racionando”, diz. “Deveriam estudar alternativas e analisar prós e contras, mas nem estudo se faz porque, se vazar que tem um estudo desse, tem um impacto político muito grande.”