Boulos lamenta prisão por furto por fome e critica liberdade de Flávio Bolsonaro: “VERGONHA”

Nesta segunda (11), o coordenador do MTST e da Frente Povo Sem Medo, Guilherme Boulos, foi às redes sociais para lamentar a prisão de uma mulher, mãe de 5 filhos, que furtou por não ter o que comer em casa. O Psolista ainda criticou o fato de Flávio Bolsonaro e Ricardo Barros seguirem soltos.
Há 3 dias, o Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu manter presa a mulher de 41 anos acusada de furtar alimentos em um supermercado da Vila Mariana, em São Paulo. A decisão foi da 6ª Câmara de Direito Criminal do TJ-SP. Por causa dos produtos, que, somados, custavam R$ 21,69, a mulher, mãe de cinco filhos com idades de 2 a 16 anos, vai esperar julgamento na cadeia.
A mulher pegou do supermercado duas garrafas de refrigerante, dois pacotes de macarrão instantâneo e um pacote de suco em pó. Ela colocou tudo na bolsa e saiu sem pagar, mas foi vista pelas câmeras de segurança. Uma viatura da Polícia Militar passava pelo local e foi alertada por funcionários. A mulher acabou presa em flagrante por furto, que confessou diante dos policiais.
No Twitter, Boulos comentou os fatos: “VERGONHA! Justiça de SP decidiu manter presa uma mãe de 5 filhos que furtou dois pacotes de miojo e refrigerante porque não tinha nada em casa. Já Flávio Bolsonaro e Ricardo Barros seguem livres e sustentando a política que devolveu o Brasil ao Mapa da Fome!”, escreveu.
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Movimento de Boulos protesta contra fome em mansão de Flávio Bolsonaro
Mês passado, manifestantes do Movimento de Trabalhadores Sem Teto (MTST) decidiram ocupar a rua do condomínio em que vive Flávio Bolsonaro. O parlamentar comprou a casa, em janeiro, por quase R$ 6 milhões.
Os militantes fizeram um protesto colocando cartazes nos muros para se manifestar contra a fome no Brasil. A ideia é fazer um ato simbólico para chamar a atenção sobre a agudização do problema no Brasil.
“Enquanto o filho do Bolsonaro está comprando, de forma no mínimo duvidosa, uma mansão de mais de R$ 6 milhões, o povo brasileiro está na fila do osso, está voltando a cozinhar à lenha por causa do preço do botijão de gás. É por isso que o MTST está fazendo essa manifestação, que dá sequência ao ato que o movimento já havia feito na Bolsa de Valores”, disse Guilherme Boulos à Época.