Líder do setor diz que Bolsonaro levou caminhoneiros à miséria; entenda

Foto: Reprodução/Redes sociais
Do Metrópoles
Presidente da Frente Parlamentar Mista dos Caminhoneiros Autônomos e Celetistas, o deputado federal Nereu Crispim (PSL-RS) afirmou, em entrevista ao Metrópoles, que o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não avançou em sequer uma pauta positiva sobre os caminhoneiros.
“Houve várias reuniões para tratar daquelas pautas reivindicatórias lá de 2018, quando inclusive o então candidato a presidente Bolsonaro, na época, gravou um vídeo de apoio aos caminhoneiros, dando a entender que se ele fosse eleito trataria objetivamente de dar uma solução para as pautas reivindicatórias, que eram aquelas do piso mínimo, da aposentadoria aos 25 anos, do DTE [Documento Eletrônico de Transporte], que era a unificação dos documentos fiscais, dos pontos de parada. Durante esses dois anos e meio não foi entregue nenhuma dessas pautas aos caminhoneiros”, criticou o parlamentar. (…)
O presidente da Frente Parlamentar Mista dos Caminhoneiros diz ser contrário à possível paralisação e tenta reverter a ideia. Nesta quinta-feira (28/10), haverá uma reunião de deputados e senadores com lideranças do setor para discutir a greve.
“Essa política de preços da Petrobras baseada na variação do dólar e no preço do barril do petróleo realmente causou um impacto enorme no transportador autônomo, onde [sic] já estava difícil o resultado financeiro do seu trabalho, praticamente nos causando um estado de miséria para quem está trabalhando hoje com caminhão por essas estradas brasileiras”, declarou o representante do setor. (…)
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Ministro de Bolsonaro diz para caminhoneiros procurarem outro emprego
Tarcísio de Freitas, ministro da Infraestrutura, falou que os caminhoneiros precisam encontrar alternativas para enfrentar as dificuldades. A categoria tem passado por sérios problemas por conta dos sucessivos aumentos dos combustíveis. O ministro declarou que os motoristas devem buscar outros trabalhos.
“São coisas nas quais uma hora você para pensar. Quando achei que estava ganhando mal no Exército, eu saí do Exército”, disse ele. O ministro é formado em engenharia pela Aman.
Há uma grande preocupação no Palácio do Planalto com a greve dos caminhoneiros marcada para 1° de novembro. Porém, Tarcísio tem passado panos quentes em torno do assunto. E demonstrado pouca preocupação com o tema.
Ele deixou claro que não acredita em paralisação de grandes proporções, como ocorreu em 2017. E afirmou que o governo tem conversado com líderes da categoria para encontrar soluções. Mas ele acusou os caminhoneiros de não serem organizados.
Atualmente, os motoristas estão irritados com a alta do diesel. “Eles precisam aprender a gerir o negócio deles. Pegar como exemplo setores mais organizados, como os tanqueiros”, comentou.
“Se o cara não perceber que ele tem que se planejar para ser inserido no mercado, ele vai ter problemas. Tem coisas que o cara tem que pensar. Por exemplo, está sobrando vaga para contratação em empresas de transporte, mas o cara quer ser autônomo tendo prejuízo, em vez de ser empregado de uma empresa ganhando R$ 4.000, R$ 5.000”, completou.