Apoie o DCM

VÍDEO – Ontário, no Canadá, anuncia distribuição de produtos menstruais: “necessidade, não luxo”

Secretário de saúde de Ontario (Canadá)
Secretário de saúde de Ontario (Canadá), Stephen Lecce – Foto: Reprodução

Diferentemente do Brasil, o Canadá leva a sério o combate à pobreza menstrual. O estado de Ontário anunciou a distribuição de 18 milhões de produtos menstruais a pessoas de baixa renda para os próximos três anos.

Enquanto isso, o governo Bolsonaro vetou trechos de lei que ofertariam absorventes higiênicos e outros cuidados básicos de saúde menstrual para: estudantes de baixa renda matriculadas em escolas públicas; mulheres em situação de rua ou em situação de vulnerabilidade social extrema; presidiárias e apreendidas; e mulheres internadas em unidades para cumprir medida socioeducativa.

Leia também:

1- VÍDEO: Negacionistas tentam invadir sede do governo em Roma e são impedidos por canhões de água

2- VÍDEO: Em Peruíbe (SP), Bolsonaro volta a posar com criança fazendo “arminha” com as mãos

3- Cármen Lúcia impõe limites a decreto de Bolsonaro sobre poderes da Abin

No Canadá é necessidade

“Produtos menstruais são uma necessidade, não um luxo”, justificou o secretário de saúde, Stephen Lecce.

“É uma questão fundamental de equidade, saúde, educação e segurança”, acrescentou, lembrando que a garantia desses produtos é a chave para assegurar a saúde das usuárias e sua presença nas escolas.

Confira abaixo:

Governo muda tom

Após repercussão negativa devido ao veto do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) à distribuição gratuita de absorventes, o governo decidiu se manifestar nesta sexta (08). Em nota, a Secom (Secretaria Especial de Comunicação Social) afirmou estão trabalhando para viabilizar a medida.

A proposta previa a distribuição para estudantes de escolas públicas e mulheres em situação de vulnerabilidade. “Antes de mais nada, cabe salientar que o governo reconhece o mérito da medida, tendo sancionado, inclusive, a criação do Programa de Proteção e Promoção da Saúde Menstrual, os pontos vetados, contudo, apresentavam problemas técnicos e jurídicos quanto à sua aplicação, podendo ser entendidos como crime de responsabilidade caso fossem sancionados pelo Presidente da República”, diz Secom.

“Apesar dos vetos, o Governo Federal irá trabalhar para viabilizar a aplicação dessa medida, respeitando as leis que envolvem o tema, para atender de forma adequada as necessidades dessa população”, acrescentou.