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VÍDEO: Presidente do CFM diz que liberou cloroquina sem comprovação científica em troca do apoio de Bolsonaro ao Conselho

O presidente do CFM, Mauro Luiz Ribeiro
O presidente do CFM, Mauro Luiz Ribeiro. Foto: Reprodução

Em live no mês de maio de 2020, Mauro Luiz Ribeiro, presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM) falou sobre cloroquina. Na ocasião, junto com representante do Conselho Regional de Medicina de Goiás (CREMEGO), ele admitiu que liberou a droga mesmo sem comprovação científica. Cita ainda apoio de Jair Bolsonaro ao Conselho.

“Não existe nenhuma evidência científica que comprove alguma eficácia da hidroxicloroquina [contra covid]”. Mesmo assim, admite: “Acabamos liberando o uso”. Ele diz ter feito uma análise “grande” e não encontrou “nenhum trabalho que sustente” a tese. “No entanto, o CFM liberou o uso. Não recomendou, mas liberou o uso”, completa.

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Em outro momento da transmissão, o presidente do conselho critica a ex-presidente Dilma Roussef e o ex-ministro da Saúde, Alexandre Padilha. “Não vamos conseguir recuperar o dano da época do governo da presidente Dilma e do ministro Alexandre Padilha”.

“O presidente Bolsonaro já nos recebeu cinco vezes no Palácio do Planalto”, disse ele então. “Todas as nossas reivindicações foram atendidas pelo presidente da República”. “Aí, as coisas ficam muito mais fáceis”

“Existe sim o apoio do Conselho Federal de Medicina ao Ministério da Saúde, ao presidente, porque hoje nós temos diálogo”.

Ele também revela que Bolsonaro o autorizou a derrubar veto presidencial em lei sobre telemedicina. No mesmo dia, o CFM autorizou o uso da hidroxicloroquina para tratar covid-19.

“Estivemos com o presidente Bolsonaro há pouco mais de uma semana atrás. O presidente ficou surpreso quando nós colocamos para ele esse artigo que tinha sido vetado na lei e ele disse que nós podemos trabalhar para que esse veto seja revertido. Nós vamos lutar para que esse veto seja derrubado no Congresso Nacional com a própria concordância do presidente Bolsonaro”, completa.