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3 em cada 4 alunos de colégios militares não fizeram prova para entrar

Bolsonaro tentou matricular filha em um dos colégios militares com carteirada
Ao lado da filha Laura, Bolsonaro, sem usar máscara de proteção, cumprimenta multidão presente Foto: EVARISTO SA / AFP

Três em cada quatro estudantes de colégios militares não passaram por processo seletivo no último período letivo. Essa é a única forma de filhos de civis ingressarem nas unidades educacionais. As menores proporções de filhos de não-militares estão no CMB e no Colégio Militar de Curitiba: ambos só tem 4,1% de alunos que ingressaram por meio de prova.

A carteirada que Jair Bolsonaro tentou para matricular a filha em colégio militar não é exclusiva, segundo levantamento do Metrópoles.

Há três formas de ingressar nas escolas: quando um militar se muda de cidade, sorteio e concurso. A prova serve para distribuir vagas remanescentes.

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A maioria dos estudantes são filhos de militares

Em todos os estados, a maioria dos estudantes das escolas são filhos de militares. Em alguns casos, a proporção de ingressantes por sorteio são maiores do que os que entraram por meio de prova.

No ano passado, foram destinados pelo menos R$ 65 milhões para a educação dos filhos de membros das Forças Armadas. São cerca de R$ 17,5 mil para cada um dos 3,7 mil alunos nos colégios.

O valor é 363% maior do que o piso do Fundeb gasto por aluno na educação básica: R$ 3,76 mil.