Empresário bolsonarista é condenado por chamar Randolfe Rodrigues de “gazela”

Foto: Reprodução/Folha
Otávio Oscar Fakhoury, empresário bolosnarista e vice-presidente nacional do PTB, foi condenado nesta quarta-feira (6) a indenizar o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) por chamá-lo de “gazela” nas redes sociais. A sentença por dado moral foi no valor de R$ 14 mil.
A responsável pela deliberação foi a juíza Camille Gonçalves Javarine Ferreira, do 6º Juizado Especial Cível de Brasília. “Firme nessas razões, julgo parcialmente procedentes, os pedidos, para condenar o requerido a excluir a postagem em questão, em 5 dias úteis após o trânsito em julgado, além de pagar ao autor o valor de R$ 14 mil, com correção pelo INPC a contar da presente data e juros à razão de 1% ao mês desde o ato lesivo”, escreveu ela.
A defesa do empresário pretende recorrer. Em junho do ano passado, o bolsonarista publicou em seu Twitter um texto atacando o parlamentar: “Gazela? Você está falando do Randolfe? Só pode ser porque ele que usa máquina pública. Eu pago advogado com recursos próprios e pago custas judiciais também. Ah, e outra coisa, meu hormônio chama-se testosterona e sua produção natural nunca foi problema para mim”
A juíza explicou ainda que, quando o dano moral é contra uma pessoa que está em um cargo publico, os políticos principalmente, o ataque é categorizado como abuso do direito de criticar. “Frise-se que uma coisa é criticar o homem público, apontando-lhe as falhas e os defeitos na esfera moral e administrativa, outra é visar intencionalmente o seu desprestígio, colocá-lo ao ridículo”, complementou Camille.
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Randolfe Rodrigues comemorou a decisão
Em suas redes sociais o senador comemorou a decisão da juíza em condenar o empresário bolsonarita. “Vencemos! Investigado pela CPI da Covid, foi condenado a nos indenizar em razão de suas fake news e ataques mentirosos nas redes. Esses mentirosos logo pagarão, um por um, pelos danos que causam ao país”, escreveu ele.
O empresário bolosnarista Otávio Oscar Fakhoury é acusado de financiar e compartilhar conteúdo falso em suas redes sociais e em outros meios como sites e blogs. Ele também é acusado de integrar o chamado gabinete paralelo, uma assessoria informal do presidente Jair Bolsonaro (PL) durante o combate da Covid-19.