Apoie o DCM

Líderes do Congresso são os que mais recebem do Orçamento Secreto de Bolsonaro

Veja o Bolsonaro
Bolsonaro acena de um trator (Foto: Arquivo/Agência Brasil)

Diferente do que disseram líderes do Congresso ao Supremo Tribunal Federal (STF), a distribuição do Orçamento Secreto do governo Bolsonaro não prioriza serviços essenciais, mas a conveniência política de alguns parlamentares. É o que afirma uma reportagem de André Shalders no jornal O Estado de S.Paulo.

LEIA MAIS:

1 – Traidor: estudos mostram que imagem cola como chiclete em Moro

2 – Na GloboNews, Kakay diz que Moro não tinha “capacidade intelectual” para o STF

3 – Bolsonaro escolhe Regina Duarte para enfrentar Zé de Abreu no Rio: “Tem mais votos”

Orçamento Secreto de Bolsonaro para agradar a base

As cidades que são base eleitoral de aliados do Palácio do Planalto ou de parlamentares em posições influentes no Congresso recebem centenas de milhões de reais.

Municípios próximos ou vizinhos ficam à míngua.

As quatro cidades campeãs em verbas do Orçamento Secreto que não são capitais estaduais receberam empenhos de pouco mais de R$ 731 milhões em 2020 e 2021.

É mais que os 2.261 municípios da base da pirâmide, somados.

Cidades que não são capitais mais beneficiadas pelas emendas até agora foram Pouso Alegre (MG), com R$ 237,2 milhões empenhados; Petrolina (PE), R$ 195,6 milhões; Tauá (CE), R$ 151,5 milhões, e Santana (AP), R$ 146,6 milhões.

Em comum, todas têm em suas proximidades lugares que receberam pouco ou mesmo nada das emendas de relator. São ainda redutos eleitorais do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG); do líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE); do relator-geral do orçamento de 2020, Domingos Neto (PSD-CE); e do ex-presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).

Princípio da igualdade, essência da Constituição, não é levado em conta na distribuição dos repasses, é claro.

A partir de terça (14), o plenário virtual do Supremo Tribunal Federal (STF) deve analisar decisão da ministra Rosa Weber que decidiu liberar os repasses do orçamento secreto.

Ela aceitou a versão dos presidentes da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), e de Pacheco, de que a suspensão dos recursos, que tinha sido aprovada por 8 a 2 pelo plenário em novembro, era um “potencial” risco aos serviços de Saúde e Educação.

Não há garantia alguma de que esse dinheiro vá para áreas essenciais. Distribuição das emendas não atende critérios técnicos.

Participe de nosso grupo no WhatsApp clicando neste link.

Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link.