Crédito ou PIX: Site faz vaquinha ilegal para reeleger Bolsonaro
Um site foi criado com o intuito de levantar fundos para a reeleição do presidente Jair Bolsonaro em 2022. A vaquinha foi amplamente divulgada em grupos bolsonaristas no Facebook durante a primeira quinzena de novembro.
A campanha, no entanto, era irregular. Por resolução do TSE, arrecadações para campanhas eleitorais só podem começar a partir de 15 de maio do próximo ano e precisam ser feitas por meio de plataformas autorizadas pela Justiça Eleitoral. O criador da iniciativa afirmou que pediu os recursos sem ter sido procurado por Bolsonaro ou aliados do presidente.
Segundo a Hotmart, plataforma onde a campanha ficou hospedada, a arrecadação ficou no ar entre os dias 5 e 16 de novembro e teve menos de 50 doações. A Hotmart disse ainda ter notificado o criador da campanha e bloqueado o seu perfil, mas não informou o quanto foi arrecadado por questões de privacidade. Todo o dinheiro levantado fica em uma conta individual da própria plataforma, que permite o saque dos valores.
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Campanha antecipada para Bolsonaro
O financiamento foi registrado por uma empresa em nome de Diogo Rangel, o mesmo do perfil que fez a divulgação no Facebook.
Até a noite de ontem (16), tinha 283 mil interações no Facebook em posts com o link da campanha de arrecadação. Os primeiros posts são de 5 de novembro de 2021, mesma data em que foram criadas a página no Hotmart e o site hospedado no WordPress.
A página prometia que todo o dinheiro arrecadado seria usado na campanha do próximo ano e na “elaboração de cartazes, outdoors, adesivos, carros de som”. Havia também a promessa de inclusão dos apoiadores em grupos de WhatsApp e do Facebook para debater e organizar a campanha.
O usuário que quisesse contribuir clicava em um novo endereço para ser direcionado à página do Hotmart. Ali, havia a opção de contribuir com R$ 47,00 à vista no cartão de crédito ou em transferência via PIX. Quem quisesse parcelar a compra podia dividir o valor em até cinco vezes, com juros.
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