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Custo de UTI para covid pode encarecer mensalidade de planos de saúde

Planos de saúde triplicaram seus lucros no segundo trimestre do ano Imagem: Pablo Jacob
Planos de saúde triplicaram seus lucros no segundo trimestre do ano Imagem: Pablo Jacob

Desde o início da pandemia, triplicou o custo de cada paciente com covid-19 internado em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) de hospitais que atendem com planos de saúde, de acordo com uma pesquisa da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), que reúne as 15 maiores operadoras de saúde do Brasil.

O aumento, segundo o estudo, foi de 187%.

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A FenaSaúde diz que o aumento dos custos pode encarecer as mensalidades dos planos em 2022. Mario Scheffer, professor e pesquisador da Universidade de São Paulo (USP), critica o possível aumento. Para ele, a “ameaça” de aumento desconsidera a estagnação econômica brasileira em plena pandemia.

Mario diz que o custo de internação aumentou porque houve uma evolução no tratamento do internado com Covid-19.

“Os protocolos na UTI mudaram, medicamentos e procedimentos foram incorporados. Quando recomendado, o tempo de diálise, por exemplo, aumentou”, afirma o professor.

A FenaSaúde atribui o encarecimento ao “aumento da demanda (mais pacientes doentes), aos poucos fornecedores, ao aumento dos custos logísticos, à incertezas na economia e, principalmente, ao aumento do dólar”.

O estudo mostra que o custo de UTI de um paciente infectado por coronavírus em março de 2020 era de, em média, R$ 34.200. Agora, é de R$ 97.300. A pesquisa conclui, também, que o tempo médio de internação também aumentou nesse período. No início da pandemia, os pacientes permaneciam cinco dias em UTI e agora permanecem cerca de oito dias.

“Infelizmente, os beneficiários sentirão os reflexos dos custos altos no reajuste do ano que vem”, afirma a diretora-executiva da FenaSaúde, Vera Valente. “É muito preocupante essa estabilidade dos custos em patamares tão expressivos, os maiores da série histórica, que podem trazer consequências para a sustentabilidade do sistema”, afirma.

Com informações do jornalista Wanderley Preite Sobrinho, do Uol

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