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“CNMP é um órgão eficiente”, diz Dallagnol, que teve julgamento adiado 42 vezes

Dallagnol
Dallagnol deu entrevista para Jovem Pan

Deltan Dallagnol deu entrevista para Jovem Pan nesta segunda (18) e saiu em defesa do CNMP. Esse é o mesmo órgão que não abriu processo administrativo disciplinar (PAD) para investigar a conduta do procurador. As penas que poderiam ser aplicadas foram prescritas. A apreciação do caso já havia sido adiada 42 vezes.

“O CNMP é um órgão eficiente. Não há corporativismo. Não é opinião. Os dados demonstram isso. Em entrevista à JP News, trouxe algumas estatísticas de que o CNMP, em 15 anos de funcionamento, julgou. E puniu mais que o dobro de casos do que o CNJ, órgão disciplinar dos juízes”, escreveu ele no seu perfil do Twitter.

Confira o tuíte abaixo:

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Deltan Dallagnol quer ser candidato

Deltan Dallagnol admitiu seu interesse em ser candidato a Deputado Federal. O procurador se reuniu com seu parceiro de longa data, o ex-juiz Sergio Moro para pedir a benção ao cargo.

Segundo apurou o DCM, Dallagnol sonhava com o Senado. Por ser improvável, o convenceram a ser deputado, o que foi aceito facilmente pelo procurador.

Mais cedo, ele já havia deixado claro sua intenção em disputar um cargo eletivo. Porém, mentiu ainda dizendo que não alimenta uma pretensão política no momento.

“Nunca tive pretensão política, mas não descarto. Não dialoguei com partidos, mas não descarto. Acho saudável a defesa de causas”, destacou em entrevista.

Delação manipulada por Dallagnol

No último sábado (16), o DCM revelou que os procuradores da extinta força-tarefa de Curitiba propuseram cláusulas extras, criaram uma nova versão e negociaram os termos da delação premiada do ex-executivo da Petrobras Pedro Barusco, no início de 2015.

O objetivo era incluir o Partido dos Trabalhadores entre as figuras delatadas, com a intenção manifesta de atingir fins políticos e “derrubar a República”.

É o que mostram diálogos travados por mensagens de celular entre Deltan e Athayde – respectivamente chefe e membro da Lava Jato – analisados pela Polícia Federal no âmbito da chamada Operação Spoofing.