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David Miranda e Sâmia Bomfim também criticam Erundina após ataque ao PSOL por “negociação de cargos”

Reprodução

Nesta sexta-feira (22), a deputada Luiza Erundina (PSOL) foi às redes sociais para condenar o PSOL por aderir ao fisiologismo e à barganha por cargos na Mesa da Câmara.

“É lamentável que o PSOL negocie suas convicções e compromissos políticos históricos ao aderir ao fisiologismo e à barganha por cargos na Mesa da Câmara. Essa é uma prática dos partidos de direita com a qual eu não compactuo”, disse Erundina.

O deputado federal David Miranda (PSOL) chamou de “ilação absolutamente infundada” o tuíte da parlamentar e lembrou que Erundina “já teve como vice ninguém menos que Michel Temer”.

“Recorrer a este tipo de ilação absolutamente infundada é lamentável. Erundina tem uma história bonita, mas já se equivocou grosseiramente algumas vezes. Já foi ministra de governo burguês (Itamar) e já teve como vice ninguém menos que Michel Temer”, escreveu David.

Para ele, ainda afirmou que “por esse caminho, a candidatura de uma companheira tão importante vai mal”.

A líder do PSOL na Câmara dos Deputados, Sâmia Bomfim diz que respeita Erundina, mas afirma que a parlamentar errou em “tornar uma divergência tática numa acusação grave ao partido”.

“Respeito a Erundina. Mas ela erra em tornar uma divergência tática numa acusação grave ao partido. Já questionei quem está negociando e quais são os cargos. Não obtive resposta. Nem obterei, pois a posição divergente é fruto de análise política, não de fisiologismo.”, disse Sâmia, que continuou:

“Nossa posição perdeu na discussão interna do PSOL e o partido terá candidatura própria. Todos os deputados assim votarão, mesmo discordando. O Br tem 200 mil mortos por covid, não há vacinas, precisamos derrubar Bolsonaro. É sobre isso que deveríamos despender nossas energias”, disse.

Após ser rebatida por Freixo, Fernanda Melchionna, David Miranda e Sâmia Bomfim o coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, escreveu, no Twitter, uma nota em defesa de Erundina.

O PSOL oficializou na última segunda-feira (18) o lançamento da candidatura de Erundina à presidência da Câmara. A eleição será realizada no dia 1º de fevereiro. A decisão destoa da opção de siglas de esquerda e centro-esquerda, como PT, PSB, PDT e PCdoB, que se juntaram ao bloco do candidato Baleia Rossi (MDB-SP), capitaneado pelo atual presidente da casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e adversário de Arthur Lira (PP-AL), o nome defendido pelo presidente Jair Bolsonaro.

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