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Debandada: 40% dos deputados do PSL vão mudar de partido após fusão com o DEM

Carla Zambelli
Carla Zambelli (foto: Pablo Valadares)

Uma fatia maior do fundo eleitoral e a promessa de ser um superpartido não foram capazes de convencer a maior parte da bancada do PSL a se manter no União Brasil. Esta sigla surgiu da fusão do ex-partido de Jair Bolsonaro (sem partido) com o DEM.

Um levantamento feito pelo GLOBO revela que o PSL vai sofrer uma debandada até as eleições do ano que vem. Quatro em cada dez deputados federais eleitos pelo partido prometem deixar a sigla.

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Debandada do PSL

54 deputados em exercício do partido foram procurados pelo GLOBO. Deste total, 23 confirmaram saída (42,6%), 16 disseram que vão permanecer (29,6%), seis ainda não decidiram (11,1%) e nove não retornaram o contato (16,6%).

A debandada dos eleitos coloca em risco os planos do União Brasil de ter a maior bancada da Câmara.

Em contrapartida, esse fenômeno está deixando os bolsonaristas sonharem com a possibilidade de “bombar” uma nova sigla em 2022. Ou seja, eles desejam repetir o feito de 2018, quando o PSL foi de nanico para um dos maiores partidos do Congresso.

Nova sigla?

“Qualquer partido que receber Bolsonaro, se não é grande, passará a ser tratado como”, disse a deputada Carla Zambelli (SP), apoiadora fiel do presidente.

Contudo, na realidade, Bolsonaro não está sendo tão querido pelos partidos tanto que ele não conseguiu encontrar uma nova sigla e viu alguns movimentos serem frustrados, como ocorreu com o Patriota em maio deste ano.