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Defensoria do RS se revolta em caso de ‘suspeitos’ presos por furtarem alimentos vencidos e no lixo

Processo
Os “produtos” custavam, ao todo, cerca de R$ 50. – Foto: Reprodução

A Defensoria Pública do Rio Grande do Sul se revoltou com a prisão de dois homens acusados de furtar alimentos vencidos na área de descarte de um supermercado de Uruguaiana, na Fronteira Oeste.

A polícia prendeu os dois homens nas imediações do supermercado. Com a dupla, foram apreendidas cerca de 50 fatias de queijo, 14 unidades de calabresa, nove unidades de presunto e cinco unidades de bacon. Os “produtos” custavam, ao todo, cerca de R$ 50. Com informações do G1.

O caso ocorreu em 2019 e foi remetido para a segunda instância em outubro deste ano. Os acusados chegaram a ser absolvidos no julgamento em primeiro grau, em fevereiro. No entanto, o promotor Luiz Antônio Barbará Dias, do MP, recorreu da decisão.

Ele pediu a condenação dos homens, também acusados de corrupção de menores. “Os réus, inclusive, apresentam condutas anteriores voltadas à pratica de ilícitos, tendo um deles sido condenado por roubo”, diz o órgão.

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Revolta da defensoria

Na segunda-feira (25), a DPE apresentou as contrarrazões da apelação feita pelo MP. De acordo com o defensor Marco Antonio Kaufmann, o menor envolvido no caso era um adolescente que também buscava alimento no lixo.

“Quando eu estava fazendo esse recurso, a vontade que eu tinha, na verdade, era de largar tudo e ir para casa. Abala muito a gente se deparar com esse tipo de situação. As pessoas costumam ir nesse local para buscar se alimentar de lixo”, contou.

“Tristes tempos em que lixo (alimento vencido) tem valor econômico. Nesse contexto, se a mera leitura da ocorrência policial não for suficiente para o improvimento do recurso, nada mais importa dizer”, sustentou no processo.

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