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Defesa de Flordelis chama cassação de “misoginia, machismo e racismo”

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Defesa de Flordelis aponta machismo na cassação do mandato – Foto: Agência Brasil

A defesa da deputada Flordelis (PSB-RJ) alegou nesta quarta-feira (11) que a cassação do mandato da parlamentar é marcada pela “misoginia”, pelo “machismo” e pelo “racismo estrutura”, segundo informações do Metrópoles.

A declaração ocorreu durante a sessão que julgava a cassação do mandato de Flordelis.

Flordelis apela

A agora ex-deputada Flordelis (PSD-RJ) é suspeita de ter encomendado o assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo. Ele foi morto em junho de 2019 dentro da própria casa, no bairro Badu, em Niterói.

“Sejam justos, não me cassem”, implorou a parlamentar. Ela apelou para os colegas de Câmara reafirmando que é inocente e que a verdade ainda virá à tona.

A deputada ainda acusou o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), de não ouví-la.

O plenário da Câmara dos Deputados aprovou por 437 votos a 7, a cassação do mandato de Flordelis (PSD-RJ). Cassação exigia no mínimo 257 votos a favor – maioria absoluta dos deputados. A decisão já vale a partir de hoje.

Destaca-se que o deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) votou contra a cassação da deputada. Ele defendia que a Câmara aguardasse o julgamento da parlamentar para depois avaliar tal medida.

“Flordelis matou? Não sei. O júri vai avaliar. Sabia da controvérsia, mas achei que seria incoerência minha cassar mandato antes de julgamento e dizer que defendo agenda antipunitivista”, disse em uma thread no Twitter.

O problema é que Flordelis não foi cassada por matar o marido, assunto do júri popular, e sim por usar o mandato para obstruir as investigações e por mentir ao Conselho de Ética.

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