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Deputados bolsonaristas usam fake news contra vacinação de crianças até em sites oficiais

Veja Bia Kicis e Eduardo Bolsonaro
Bia Kicis e Eduardo Bolsonaro. (Redes Sociais/Reprodução)

Deputados bolsonaristas estão disseminando fake news sobre vacinação de crianças nas redes sociais. E as mentiras não estão sendo espalhadas só nas redes, mas também em seus sites oficiais, explica o jornal Folha de S.Paulo.

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Deputados disseminam fake news de vacinação de crianças em sites

Parlamentares Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), Bia Kicis (PSL-DF) e Carla Zambelli (PSL-SP) usaram conteúdos falsos para atacar a vacinação infantil contra a Covid-19 em suas redes sociais e sites oficiais.

Entre os boatos que circulam sobre o assunto, destacam-se publicações que afirmam que a vacina da Pfizer é capaz de produzir substâncias tóxicas.

A desinformação diz que a proteína spike seria responsável por danos permanentes no corpo, como câncer, problemas de fertilidade e outros.

Essa suposição aparece em um vídeo publicado pela deputada federal Bia Kicis em seu Facebook, que foi compartilhado por mais de 11 mil vezes e teve 91 mil visualizações.

Nessa gravação, a parlamentar está ao lado do médico José Nasser, que afirma que os efeitos colaterais graves dos imunizantes foram relatados pelo professor Robert Malone, suposto criador das vacinas de RNA mensageiro.

A deputada Carla Zambelli, para evitar ter sua conta bloqueada nas redes sociais, optou por compartilhar um vídeo gravado pelo cientista social e advogado Fernando Conrado em seu site pessoal.

Essa página havia recebido cerca de 12 mil visitantes até esta quarta-feira.

A gravação ainda foi hospedada no Rumble, uma plataforma de vídeos utilizada pela direita para fugir das políticas de remoção de conteúdo falso de redes como YouTube, Facebook e Twitter.

No vídeo, Conrado acessa o site do CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças), órgão de saúde dos Estados Unidos, e mostra alguns dados sobre supostos eventos adversos causados pelas vacinas da Covid. Ele afirma não concordar com a vacinação de crianças de 5 a 11 anos.

De acordo com Conrado, 74% de todas as mortes ligadas às vacinas desde 1900 nos Estados Unidos teriam sido provocadas pelos imunizantes contra a Covid.

Outras publicações em redes sociais afirmam que as vacinas da Pfizer não foram testadas de forma adequada em crianças. Isso é dito, por exemplo, em um texto divulgado no Instagram pela médica Mayra Pinheiro, também conhecida como Capitã Cloroquina, e repostado pelo deputado Eduardo Bolsonaro.

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