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Documento aponta que negócio superfaturado da Covaxin envolveu empresa dos Emirados Árabes

 Reprodução

Negócio com suspeita de superfaturamento da Covaxin envolveu uma segunda intermediadora da vacina indiana mostra um documento.

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Empresa Envixia Pharmaceuticals LLC, com sede nos Emirados Árabes Unidos, aparece em memorando de entendimento como responsável por apoiar todas as atividades relacionadas a registro e comercialização do imunizante no Brasil. A primeira intermediadora da vacina, que assina o contrato com o Ministério da Saúde e que conduziu as tratativas com a pasta para garantir o negócio de R$ 1,6 bilhão, é a Precisa Medicamentos, do empresário Francisco Maximiano.

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CPI da Covid no Senado quebrou os sigilos da empresa, do dono e de diretores, todos eles convocados para depoimento na comissão. Com a Envixia, já são quatro os empreendimentos e países envolvidos na negociação.

Essa vacina é fabricada pela Bharat Biotech, na Índia. A Bharat assinou memorando em 24 de novembro de 2020 com a Precisa, do Brasil, e com a Envixia, dos Emirados Árabes. Uma empresa de Singapura, a Madison Biotech, foi usada em tentativa frustrada de pagamento antecipado de US$ 45 milhões. As suspeitas sobre a Covaxin no Brasil passaram a ser um dos focos da CPI da Covid após a revelação, no dia 18 de junho, da existência e o teor do depoimento do servidor Luis Ricardo Miranda, chefe do setor de importação do Ministério da Saúde, ao MPF (Ministério Público Federal).

Com informações da reportagem da Folha de S.Paulo.