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Dono da Precisa movimentou 80 vezes mais do que declarou ao Imposto de Renda

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Uma análise feita pela Receita Federal mostra que os ganhos financeiros de Francisco Maximiano, dono da Precisa Medicamentos, foram incompatíveis com os rendimentos declarados por ele no Imposto de Renda de 2020.

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Precisa é investigada na CPI da Covid por suspeitas de irregularidades na negociação da venda da vacina indiano Covaxin ao Ministério da Saúde, contrato hoje suspenso. Essa análise da Receita Federal teria sido entregue à CPI e informaria que, em 2020, “a movimentação financeira [de Maximiano] no período em análise é superior aos rendimentos totais líquidos”.

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Houve movimentação de R$ 3,9 milhões em 2020 na conta de Maximiano, valor oitenta vezes maior que os R$ 48,5 mil líquidos que o empresário declarou receber naquele ano da Global Gestão Saúde, empresa do grupo da Precisa, única fonte declarada por ele no IR. A análise apontou incongruências como o gasto de R$ 391 mil com cartão de crédito, incompatível com o rendimento formal. Além disso, empresas, aplicações financeiras e saques de aplicações também não teriam sido declarados no imposto.

Embora só tenha citado rendimentos da Global Saúde, Maximiano tem participação em cinco empresas, segundo a Receita: Frasdec Assessoria Consultoria, 6M Participações, Primares Holding Participações, Precisa Medicamentos e BSF Gestão Saúde (ou Global Gestão em Saúde).

Com informações da reportagem do jornal O Globo.

Sócio fundador da Precisa Medicamentos, Francisco Emerson Maximiano. Foto: Reprodução/Sportlight