Doria barra sonho de Bolsonaro para governo de SP

O governador de SP, João Doria (PSDB), pode frustrar os planos do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para o estado.
Conforme apurou o DCM, a ida de Bolsonaro para o PL não tem agradado todas as lideranças estaduais do partido. Um dos diretórios que já avisou que terá total independência é o de São Paulo.
O desejo do mandatário é lançar o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, como candidato ao governo de SP pelo PL. No entanto, a legenda praticamente já fechou uma aliança com o vice de Doria, Rodrigo Garcia.
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Em vez disso, Bolsonaro encaminhou um acordo para que Tarcísio se filie ao partido para se candidatar ao Senado por Goiás, de acordo com o site Metrópoles.
Isso fará com que o presidente tenha de apoiar o candidato do PSDB em 2022. Ele, que havia pedido ao presidente do PL, Valdemar Costa Neto, o controle do partido em SP, não desaprovou a aliança. “O Garcia não é o Doria”, teria dito o mandatário.
Por que Doria está condenado a perder as prévias do PSDB
De favorito a azarão, Doria agora virou motivo de piada no PSDB.
A última é a história de ter enviado Carlão Pignatari, seu aliado e presidente da Assembleia Legislativa, ao Piauí para convencer deputados a sufragar o nome do gestor nas prévias em 21 de novembro, quando o PSDB vai definir o nome de seu candidato à presidência em 2022.
Doria concorre com o governador Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul, e o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio.
Mandar Pignatari atravessar o país para catar voto no Piauí é a demonstração cabal, segundo tucanos, do isolamento de Doria.
De início, quando posava de favorito, o gestor apostava em Cesar Gontijo, atual tesoureiro do diretório nacional, para percorrer o país em busca de apoio.
Gontijo fracassou.
Deputados e lideranças políticas nos Estados recusaram-se a tratar com um auxiliar de terceiro escalão, e foi neste momento que o castelo de areia montado pelo gestor começou a ruir: o partido descobria enfim que ele estava rodeado apenas de gente sem qualificação e que a sua candidatura à presidência representava apenas um sonho particular, não o coletivo de um partido que já esteve e move mundos para retornar ao poder central.