O líder do governo Bolsonaro na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), faturou R$ 6,5 milhões entre 2016 e 2020 com três empresas que possuem, no máximo, quatro funcionários. É o que diz o relatório da CPI da Covid, que está sendo elaborado pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL).
Uma das empresas de Barros, a RCI Incorporações, faturou R$ 1,7 milhão em 2017, mesmo tendo apenas um funcionário registrado. Outra, a BB Corretora Ltda ganhou R$ 2,3 milhão, sendo que possui apenas quatro empregados e a última, a RC4 Incorporações, faturou R$ 2,2 milhão entre 2018 e 2020 com somente um funcionário.
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Uma outra empresa em nome de Ricardo Barros também é citada no relatório de Renan. Chamada de Fonte de Luz Ltda, a empresa teve faturamento, entre 2016 e 2019, de R$ 308 mil.
Barros também teria recebido, de acordo com o parecer do relator da CPI, R$ 1,3 milhão a título de dividendos da RCI e R$ 1,8 milhão da BB Corretora Ltda.
Por esses indícios de irregularidades, Renan Calheiros recomendará, no relatório final da Comissão, que a Receita Federal intensifique as investigações nas empresas de Ricardo Barros.
O deputado segue como líder do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) na Câmara dos Deputados.
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