Enquanto Bolsonaro diz que gasolina ‘está barata’, 25% dos motoristas de app desistiram de trabalhar

25% das pessoas que trabalhavam como motoristas de aplicativo, seja como atividade principal ou como forma de renda extra, desistiram recentemente de trabalhar por conta do preço do combustível. O preço da gasolina aumenta praticamente todos os dias no país.
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A motorista Daniela Cristina Teles, de 37 anos, ouvida pela reportagem da BBC News, conta que o aluguel do carro que usava para trabalhar subiu de R$ 1.400 para R$ 2.000 por mês. Segundo ela, com a covid-19 e o medo das pessoas de compartilhar o mesmo ambiente com desconhecidos fez com que a demanda de passageiros tenha diminuído. Ainda, como se não bastasse, o preço do litro do etanol que ela usa para abastecer o veículo subiu de R$ 1,89 para R$ 4,00.
“Eu ganhava de R$ 200 a R$ 300 reais por dia, mas eu gastava R$ 200 para encher o tanque com gasolina. Não valia a pena nem como complemento da renda”, afirmou Daniela à BBC.
Associações mostram que milhares de pessoas cadastradas como motoristas em aplicativos tomaram a mesma decisão em todo o Brasil. As empresas Uber e 99 não discordaram desses dados ou apresentaram números sobre o assunto.