Erundina pede compromisso público de Lula: “Não basta ser viável”
A deputada federal Luiza Erundina (PSOL-SP) afirmou, em entrevista ao UOL nesta segunda-feira (07), que um possível próximo governo Lula tem que fazer “reformas estruturais que precisavam ter sido feitas” nos dois governos anteriores, entre 2003 e 2010. Além disso, ela criticou a composição com o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (ex-PSDB, agora sem partido), como vice na chapa.
“Não basta Lula ser viável, tem que ter compromisso público”, resumiu a deputada. Ela já declarou, no entanto, apoio à pré-candidatura petista. “Não basta ser mais um governo Lula, do PT, para fazer o que fez no seu tempo. Ele não fez reformas estruturais que precisavam ter sido feitas. Mecanismos de democracia participativa teriam que ser institucionalizados. É preciso ter compromissos públicos, explicitados publicamente”, afirmou.
Sobre Alckmin ocupar a cadeira de vice de Lula, a parlamentar do PSOL foi clara: “Não tem nada a ver. Essa foi uma das coisas que me fizeram sair do PT, do PSB. É exatamente essa ‘largueza’ das alianças que eles fazem. Ele (Alckmin) nunca foi uma liderança política capaz de marcar presença nos destinos do país”.
Leia mais:
1 – Deputado diz que evangélicos podem apoiar governo Lula
2 – Erundina diz que Lula “não é qualquer um” contra Bolsonaro e “foi testado duas vezes”
3 – Inocente, Lula vai levar perseguidores aos tribunais; saiba quem será o primeiro
Luiza Erundina defendeu candidatura de Boulos ao governo de SP
Na entrevista, Erundina também comentou o imbróglio em relação às pré-candidaturas de esquerda e centro-esquerda ao governo de São Paulo. Ela afirmou que o PSOL deve manter Guilherme Boulos (PSOL) como pré-candidato, já que o “quadro está indefinido”.
“É da cultura do PSOL sempre ter posições próprias, então ter uma candidatura própria faz parte da cultura histórica do PSOL. O quadro ainda não está todo definido, o Alckmin ainda aparece como provável candidato, as federações vão definir o mapa eleitoral. Se o quadro está indefinido, não tem porquê não bancar uma candidatura própria.”